No primeiro dia de atividades do Airport National Meeting (ANM 2021), a preocupação com a retomada do fluxo aéreo deu o tom em todos os painéis, ainda que os números revelem que, no caso brasileiro, pelo menos no que se refere ao tráfego doméstico, há bons indícios de melhoria.
Ainda na parte da manhã, foi apresentado o primeiro painel do ANM, com as participações dos CEOs da Changi Airports International, Engene Gan, e da Aeropuertos Argentina 2000 (AA2000), Daniel Ketchibachia, além do MD da Zurich Airport International, Daniel Bircher. O mediador foi o diretor da Airports Council International (ACI) para a América Latina, Rafael Echevarne. No encontro, eles concordaram que a recuperação do tráfego aéreo global, na retomada pós-pandemia, dependerá muito do impulso verificado nos fluxos domésticos dos países.
Também falaram sobre a transformação digital não como uma opção, mas como uma obrigação dos aeroportos, e alertaram para a importância de valorizar modelos de negócios que alcancem o reforço logístico para a movimentação de cargas. Além disso, elogiaram o programa brasileiro de concessões aeroportuárias, mantido em curso apesar da pandemia.
À tarde, a programação seguiu com o painel “Reflexos da Cooperação Internacional no Setor Aeroportuário”, composto por Luis Felipe de Oliveira, diretor Geral da Airport Council International (ACI); Rogério Benevides, diretor da ANAC; e José Ricardo Botelho, diretor Executivo e CEO da Associação Caribenha e Latino-Americana e Transporte Aéreo (ALTA). A mediação foi feita pelo brigadeiro Ary Bertolino, membro Alterno do Brasil no Conselho da ICAO.
Um dos destaques do encontro foi a divulgação da estimativa de manutenção da perda expressiva da indústria da aviação, em todo o mundo, que, em 2021, deverá ficar em torno dos US$ 111 bi, contra US$ 125 bi, em 2020. Mas, para além dos prejuízos ainda presentes, foi enfatizada, nas apresentações, a importância da busca por soluções conjuntas baseadas, principalmente, no trabalho do Council Aviation Recovery Taskforce (CART), da ICAO, que busca uma ação coordenada de enfrentamento dos impactos da covid-19 e a harmonização de protocolos.
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